Artigo

Ser Educador

25 de abril de 2012 10:00

Pensar em educação nos remete a um panorama repleto de caminhos que nos permitem chegar a vários lugares. É através da educação que se promove o exercício contínuo de ser cidadão. Nesse contexto encontramos um elemento fundamental na condução desse processo: o educador.

Que identidade podemos atribuir a esse profissional? Qual o papel do educador junto à sociedade? Os questionamentos nos instigam a pensar e isso contribui para nos percebermos, ou não, educadores. Perceber-se educador é a condição primordial para atuar de forma consciente na formação do ser. As angústias vivenciadas e as incertezas que acompanham o ato de educar devem servir de incentivo para fortalecer cada vez mais a prática desse profissional.

O desafio de educar é lançado a cada dia e torna-se um ato contínuo exigindo um trabalho conjunto entre educador e educando em suas atuações específicas, relacionando-as com o mundo no qual estão inseridos. Esta não pode ser uma relação autoritária ou feita de imposições. O processo genuinamente educativo é dado a partir do momento em que se propiciam condições para que o estudante no processo da aprendizagem desenvolva uma atitude crítica em relação ao mundo e aja, junto com os demais estudantes ou individualmente, na transformação do mesmo.

Para que esse processo contínuo de aprendizagem exista, o educador precisa definir no processo de trabalho docente o “ensinar e aprender” como fatores que se interligam, e não como algo isolado ou divergente. Podemos então citar como exemplo Luckesi, que formula duas maneiras diferentes de concepção e execução do papel do professor: aquele que ensina e aquele que aprende.

O professor que ensina é senhor e dono absoluto da verdade, tem o saber cristalizado e repassado de geração-em-geração sem possibilidade de questionamento, crítica ou intervenção pelo educando, enquadra-se no modelo tradicionalista, preocupa-se demasiadamente com a ordem e a disciplina, vê o educando como clientela passiva e tem o trabalho concebido como apolítico compreendido apenas como transmissão de conteúdos e imposição de disciplina.

Já o professor que aprende expressa características bem diferenciadas, pois supera o desgastado conceito de sala de aula como o espaço onde se ensina, o compromisso com o ensinar e com o aprender é proporcional, enquadra-se no modelo construtivista, é interativo e respeita o limite de cada educando, está comprometido com a educação e busca criar laços de amizade, respeito e co-responsabilidade com os educandos e mais que ensinar conteúdos, leva o educando a produzir seu próprio conhecimento.

É evidente que para a formação do educador as opções políticas, ideológicas e a própria história de vida influenciam efetivamente em sua prática pedagógica, pois se trata de uma pessoa passiva de erros e limitações que não pode e nem deve ser considerado um anjo ou um ser de outro planeta que realiza “milagres”.  Então como me percebo nesse contexto? Eu ensino ou aprendo? Pensemos sobre isso para nos percebermos presentes e atuantes neste maravilhoso e instigante desafio que é educar. As mudanças acontecem a partir de algum movimento, e esse movimento depende da intenção de cada um de nós. Qual o seu movimento para ser um educador? Responda a isso e tenha a oportunidade de contribuir para tornar o mundo melhor!

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