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Conheça o ‘Salgado de Terminal’, produto inovador de curso do Senac
Quem nunca apelou para um salgado na hora de matar a fome, em meio à correria do dia a dia? Isso faz com que esse elemento da nossa culinária seja um dos mais conhecidos e acessados. Mas você já pensou numa opção mais nutritiva e até mesmo vegetariana? Foi o que fez uma turma do curso de Salgadeiro do Senac, ao apostar na farinha de banana e na chamada carne de caju. Além disso, pode vir a ser uma boa oportunidade de negócio.
Batizada de Salgado de Terminal – o nome surgiu em alusão ao lanche de massa fermentada frita por imersão de óleo, comum nos terminais de Fortaleza – , a iguaria virou um projeto integrador do curso, tendo como foco a preservação de tradições alimentares, receitas tradicionais e técnicas de preparações que são parte integrante da identidade cearense, como informa a supervisora de Gastronomia do Senac Centro, Fabrícia Alves.
Além disso, a iniciativa busca “promover o consumo de produtos locais e a produção de alimentos regionais, estimulando a economia local, ao apoiar agricultores, pescadores e pequenos empresários”, segundo consta na justificativa do projeto. Isto porque, em especial, promete um baixo custo de produção.
O estudo sobre a farinha de banana verde teve início com a aluna e pesquisadora especializada em cultura alimentar, Ana Claudia Cavalcante Damasceno, em seu projeto integrador no curso de Pizzaiolo realizado no Senac em 2022, sob a orientação da professora Carol Souto.
Desde então, Claudia tem se dedicado a explorar as diversas aplicações da farinha de banana na culinária. Atualmente, enquanto participa do curso de Salgadeiro, ela identificou que a farinha de banana não apenas fornece uma excelente fonte de energia, mas também retarda o envelhecimento precoce do pão, aprimorando suas propriedades de sabor e textura e otimizando o funcionamento do intestino ao reduzir a absorção de glicose e gorduras, além de proporcionar uma sensação de saciedade quando consumida.
Confira mais vantagens do Salgado de Terminal:
– Redução do desperdício de alimentos: Utilizar a farinha de banana é uma eficaz estratégia para aproveitar ao máximo as bananas, contribuindo, assim, para mitigar o desperdício de alimentos;
– Melhoria da segurança alimentar: A capacidade de produção em pequena escala possibilita que as comunidades locais ampliem a diversidade de alimentos disponíveis, fortalecendo a segurança alimentar, particularmente em regiões com restrições de acesso a uma ampla gama de alimentos;
– Geração de renda: A produção de farinha de banana pode constituir-se como uma fonte de renda viável para agricultores locais, seja através da venda direta do produto ou da incorporação da farinha em seus produtos, promovendo assim oportunidades de empreendedorismo na comunidade
– Nutrição Aprimorada: A farinha de banana, devido à sua alta concentração de potássio, fibras e vitaminas, pode ser um valioso acréscimo à dieta, oferecendo benefícios nutricionais significativos, particularmente em comunidades que enfrentam desafios relacionados à desnutrição.
O que é o projeto integrador?
O projeto integrador visa unir diferentes áreas de conhecimento e habilidades. O objetivo é solucionar problemas ou desafios do mundo real, exigindo a aplicação prática de conceitos aprendidos nas unidades curriculares.
“SALGADO DE TERMINAL”, COM FARINHA DE BANANA E CARNE DE CAJU – RECEITA
1 – Retire a castanha, corte o caju ao meio e retire o sumo da fruta;
2 – Disponha as partes em uma gamela furada, com apoio de uma gamela embaixo, para que o resto do sumo escorra sem afetar a limpeza da geladeira no processo de desidratação;
3 – Coloque todo o sal grosso nos cajus, como se estivesse temperando a carne;
4 – Deixe no processo de cura por dois dias, retire diariamente o líquido que escorrer da mistura. Se necessário, troque o recipiente por um limpo;
5 – Após o processo de cura, desfie a carne o mais fina possível, retirando-a da casca;
6 – Tempere a gosto.
7 – Primeiro dissolva o fermento no suco de caju com o fouet ou uma colher comum, até ficar uma mistura homogênea. Se você for bater na masseira ou batedeira;
8 – Coloque esta mistura no bowl do equipamento e acrescente a farinha de banana, a farinha de trigo, o ovo, o açúcar, o sal, e, por último, a manteiga; Bata em velocidade 1 por 5 minutos;
9 – Quando estiver tudo misturado, aumente a velocidade para o máximo e bata de 10 a 15 minutos.
10 – Para ter certeza que a massa está no ponto (de véu), unte a mão, retire um pouco da massa, faça uma bolinha na mão e abra para verificar se a massa está lisa. Esta massa possivelmente não vai dar o ponto de véu padrão, mas você perceberá a maciez da massa;
11 – Quando estiver neste ponto, retire a massa do bowl, leve para a bancada untada e deixe descansar por 10 minutos;
12 – Após esse tempo porcione e coloque para fermentar por pelo menos 1 hora;
Enquanto a massa fermenta, vamos temperar a carne de caju:
13 – Tempere a carne de caju com os temperos secos. Refogue a cebola, o alho e acrescente a carne temperada; coloque o restante das verduras e por último o pimentão picadinho. Quando o pimentão estiver al dente, retire do fogo e reserve. A nossa sugestão é modelar a massa em formato quadrado e colocar 40% de recheio para 60% de massa, neste caso unte a forma com um pouco de farinha.
14 – Coloque o salgado para fermentar por mais 20 minutos e leve para assar por 20 minutos a 160 graus.