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Martha Gabriel desvenda as habilidades profissionais do futuro
Abordando o tema “Competências digitais na Educação: onde estamos e para onde vamos?”, a pensadora, escritora e professora Martha Gabriel apresentou a primeira palestra desta quinta-feira (27), no IV Congresso de Educação, promovido pelo Sistema Fecomércio Ceará, por meio do Sesc e do Senac. O enfoque foram as habilidades que os profissionais devem desenvolver agora para enfrentar os desafios no futuro, considerando o ecossistema educacional.
Após contextualizar o cenário atual, em que as transformações sociais impulsionadas pelas novas tecnologias exigem atualização contínua, a pensadora define oito habilidades do futuro. Sendo estas: mentalidade digital, pensamento crítico, criatividade/experimentação, simbiose tecnológica, be human (ser humano), colaboração (networking), adaptabilidade/agilidade e resiliência.
“Sobre mentalidade digital, o mais importante é saber quais os benefícios a tecnologia trazem para a sua vida e como podem ser úteis ao resolver problemas”, disse Martha. Ela deu como exemplo a Internet, quando a pessoa acessa para realizar determinada função, mas acaba se distraindo e navegando por horas.
Em seguida, a pensadora trouxe pesquisas comprovando que as pessoas hoje passam a maior parte do seu tempo livre em plataformas de streaming do que socializando; que têm aumentado os casos de depressão entre jovens; e que o Quociente de Inteligência (QI) apresentou queda nos últimos tempos.
Diferente da inteligência, que é marcada pela carga genética, o pensamento crítico se adquire estudando. A base é o questionamento. “Ao levantar todas as questões sobre determinado assunto ou problema, você muda a forma como enxerga e isso afeta a tomada de decisão positivamente. Por isso que as pessoas que desenvolvem o pensamento crítico, geralmente, têm uma vida boa e também costumam transformar para melhor a vida daqueles no seu entorno”, afirmou.
O princípio da simbiose tecnológica é a conexão com a tecnologia, sendo a sua principal função ampliar as habilidades humanas – físicas e mentais. Portanto, implica em saber utilizar da forma adequada as mais diversas inovações, como Inteligência Artificial (AI), Internet das Coisas (Iot), Big Data, Blockchain, Robótica, Nanotecnologia e 3D Print.
“O futuro não é digital, é híbrido”, ela ressaltou. Dessa forma, para um professor em sala de aula, seja em ambiente presencial ou virtual, o ideal é aproveitar ao máximo o que essas diferentes condições oferecem e os recursos disponíveis para facilitar o processo de aprendizagem.
Com relação à criatividade, a pensadora defendeu que estão se estabelecendo novas formas de trabalhar impactando a criação de valor. Hoje, o trabalho com a mente tem se valorizado, com relação ao trabalho com o corpo. Já a humanidade e a empatia se fazem cada vez mais necessárias à medida que as máquinas reproduzem habilidades físicas e mentais dos seres humanos.
De acordo com Martha Gabriel, “é preciso ter emoção, empatia e ética. Não é à toa que vivemos a era da experiência, pois é a emoção que faz a vida valer a pena. Enquanto a tecnologia automatiza, a empatia nos humaniza. Por fim, sem ética não há futuro para a humanidade”. Assim como não existe cenário positivo sem colaboração, “pois a competição nos faz mais rápidos, sendo que a colaboração nos torna melhores”.
Considerando a adaptabilidade e a resiliência a base de todas essas habilidades, a pensadora, referência em inovação, transformação e educação digital encerrou a palestra defendendo que “uma pessoa mediana empoderada torna-se melhor do que o maior expert humano trabalhando sem tecnologia”.
Serviço
IV Congresso de Educação – Tecnologia e Aprendizagem
Data: Até 28 de Julho
Inscrição: https://senaceducacao2023.gupe.com.br/usuario/index?interno&id=NQ==
Programação: https://www.fecomercio-ce.com.br/programacao-congresso-de-educacao.pdf