Artigo

Mercado de Trabalho: Tendência e Contexto Local

20 de agosto de 2013 16:29

Vivemos hoje uma transformação no campo da atuação profissional onde antigos paradigmas como a formalização da contração em carteira de trabalho e a ocupação de postos de trabalho mais tradicionais estão cedendo espaço para relações trabalhistas mais flexíveis e diferenciadas.

Com o passar das décadas e com o incremento das novas tecnologias implementadas no ambiente de trabalho, independente da ocupação a ser executada percebemos que o perfil profissional demandado para o contexto da contemporaneidade mudou. Se antes, pela via da experiência profissional acumulada pelo trabalhador ou pelo cumprimento da escolaridade básica o acesso ao emprego era uma possibilidade, hoje este ingresso se reconfigurou.

O atual perfil profissional demandado requer em sua maioria escolaridade básica mínima de acesso o ensino médio concluído, qualificação profissional em seguimento específico a vaga de emprego almejada, assim como pré-requisitos subjetivos ao indivíduo como: flexibilidade, proatividade, facilidade de comunicação e de relacionamento interpessoal, sociabilização, responsabilidade, criatividade, capacidade empreendedora, dentre outros.

Na trilha destas mudanças vários são os fatores que, juntos ou em interação, contribuíram para a construção desta nova configuração no mercado de trabalho. Globalização econômica, a disseminação das inovações tecnológicas e organizacionais; as transformações no papel dos estados; o individualismo como valor subjetivo nas sociedades contemporâneas; e o crescimento da participação feminina no mercado de trabalho. Estes são alguns dos fatores intervenientes neste processo de mudança. Porém seus reflexos são sentidos, de modo mais efetivo nas transformações que se colocam com relação ao conteúdo do trabalho, no uso das qualificações e nas formas de emprego que se apresentam de forma mais efetiva e contundente.

Acompanhando esta perspectiva de mercado o cenário Cearense, mais especificamente o da Região Metropolitana de Fortaleza de contração de mão de obra segue a tendência e enfrenta desafios para sua reposição na hora da contratação.

Pesquisas revelam que a taxa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Fortaleza (PED-RMF), de janeiro a março de 2013, mostraram redução no nível ocupacional e apresentaram aumento do desemprego. Já em abril houve relativa estabilidade da taxa de desemprego e na redução do nível ocupacional. Já nos meses de maio e junho esta taxa demostrou elevação no nível ocupacional, após quatro meses de retração, e alcançou estabilidade do desemprego.

Neste período o nível de ocupação cresceu 1,3% em maio e a 0,8% em junho, após quatro meses de queda, e o contingente de ocupados foi estimado respectivamente em 1.646 mil pessoas em maio e 1.659 mil pessoas em junho. Período em que se constatou o acréscimo no número de ocupados nos setores de Serviços com 15 mil postos de trabalho ou 2,0% e na Indústria de Transformação com 9 mil ou 3,0%, reduziu-se no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas registrando -2 mil ou o equivalente a – 0,5% não variando na Construção Civil no mês de maio. Já em junho o Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas subiu para 3,4% ou 13 mil postos de trabalho, no setor de Serviços acúmulo de 0,5% ou 4 mil postos, e, em menor proporção, na Indústria de Transformação configurando 0,3% ou 1 mil registros, cujos resultados foram atenuados pelo fechamento de postos de trabalho na Construção de -2,1% ou representando -3 mil ocupações, em junho de 2013. Segundo fonte do Convênio IDT/Sine-CE, STDS, Fundação SEADE/DIEESE e MTE/FAT.

Para quem deseja investir em uma carreira com perspectivas de crescimento e projeção de mercado até 2016 vale pesquisar e se preparar para as seguintes áreas de atuação: Área comercial e internet; Tecnologia da Informação (TI) e comunicação; Varejo e consumo; Setor farmacêutico; Setor contábil, fiscal e financeiro; Recursos humanos; Telecomunicações; Energia; Construção civil; Óleo e gás; Seguros e segurança; Setor de serviços; Segmento moda; Sustentabilidade, meio ambiente e saúde.

Várias são as forças que impulsionam testa tendência: Copa do Mundo; Olimpíada 2016; incremento nas empresas seja na via da adesão às tecnologias avançadas ou na estruturação de pessoas; a busca por novos mercados consumidores, a elevação na cobrança por uma prestação de serviços de qualidade; a expansão do Brasil continental enquanto rota turística descentralizada, dentre outras.

O desafio posto ao profissional deste milênio reside justamente em se encontrar enquanto sujeito de sua história que habita um mundo em constante evolução entendendo que nas relações de trabalho estabelecidas se requererá cada vez mais colocar em prática os conceitos largamente difundidos com relação a qualificação técnica requerida quanto os atributos subjetivos já mencionados que configuram o perfil profissional demanda pelas empresas. Vale frisar, que no contexto de hoje, o olhar precisa ser apurado para perceber que o mundo das ocupações e profissões se expandiu para além do tradicional ficando muitos postos de trabalho em aberto pela falta de profissionais com pré-requisitos adequados. Pesquisar mercados se faz cada vez mais premente para garantir a via da empregabilidade.

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