Artigo

Nas Trilhas da Aprendizagem

19 de junho de 2012 10:00

A aprendizagem é algo intrínseco no homem. Por mais que não se queira, sempre estamos em constante aprendizado, seja orientado por alguém ou por nós mesmos. Recordar momentos nos quais experimentamos as sensações de quando se aprende algo ou constrói um conhecimento é tão sublime que, muitas vezes, não damos conta disso. Parece até como quando se está assistindo ao final daquele filme tão esperado que não se perceba a presença de um bichano chegando. Aprender é um caminho sem volta, embora com vários atalhos e destinos. Aprender é como uma aventura de Spielberg, estilo Indiana Jones, com direito até musiquinha de fundo. É perceber os porquês e buscar suas respostas a partir do que se sabe.

Lançar-se na aprendizagem sem amarras, sem medo de errar, ou ao menos tentando, é superar os obstáculos e vencê-los, ultrapassar barreiras, trocar experiências, não apenas aquelas em que se vive na escola e seguir novos caminhos.  Aprender é sim um estado constante na vida da gente. Sempre nos pegamos aprendendo algo, sozinho ou com os outros. A aprendizagem, para os teóricos, é dada quando se estabelece uma relação entre o sujeito que aprende e o objeto que está sendo apreendido. Mas, além da questão científica, o ato de aprender é misto de sentimento, significado, razão, sensações. E é a partir desse turbilhão que registramos nossas experiências e desenvolvemos nossa capacidade de aprender.

Dependemos sim dos outros para que possamos ter referências e exemplos que nos auxiliam nesse processo. Daí a importância de definir um método concreto e significativo para o desenvolvimento da aprendizagem, seja ela cognitiva, motora, psíquica e por que não dizer social. Assim, as etapas que vivenciamos durante nossa trajetória de aprendizagem, na escola, no lar ou em qualquer outro lugar, são de suma importância para que haja uma formação sólida da pessoa.

E é na escola onde ampliamos nossa bagagem de aprendizagens, acredito sim que há um caminho delineado por quem vivencia a aprendizagem, por ser, justamente, um processo no qual as etapas vão se construindo a partir de um método definido para alcançar o objetivo que é aprender algo. E a metodologia adotada durante o percurso deve ser a mais adequada para o propósito daquilo que se quer aprender.

Quando falamos em aprendizagem pautada no desenvolvimento de competências profissionais se faz ainda mais presente a necessidade de adequar esta aprendizagem a uma metodologia que atenda às realidades e exigências da ocupação prevista. Para José Antônio Küller (2010) a metodologia voltada para a construção de competência parte daquilo que o educando já sabe e afirma que só é efetivamente desenvolvida no momento em que é exercida, ou seja, na prática. E o papel do docente é fundamental para as escolhas e as condições adequadas a oportunizar o melhor aprendizado ao estudante. Embora a aprendizagem siga seu percurso com obstáculos a superar, se firma em seu propósito de apropriar-se do conhecimento como um rio que percorre vários trajetos e sempre encontra o destino final: o mar.

Dessa forma, a metodologia é uma estratégia que está por trás da intenção da ação docente, e para que o docente atinja a competência de mediar situações de aprendizagem significativas para o educando, é necessário adotar uma metodologia que busque, através das experiências, criar situações reais que desafiem a capacidade crítica e que mais se aproximem ao mundo do trabalho. O desafio, portanto, está em o docente, como afirma Cordão (2010) orientar os alunos nas trilhas da aprendizagem. Para tanto, é necessário que ele saiba preparar suas intervenções; conhecer sua clientela; mediar às ações de aprendizagem e avaliar competência. Caminhos diversos, cheios de atalhos, mas com um só destino… Aprender.

Referências

CORDÃO, Francisco Aparecido. Princípios que orientam as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico. Rio de Janeiro, 2010. Entrevista concedida a Murilo Ribeiro.

KÜLLER, José Antônio. Metodologia de Desenvolvimento de Competências. Rio de Janeiro, 2010. Entrevista concedida a Amanda Pinheiro.

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