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No contrafluxo da crise: o 1º de maio e o trabalhador.

29 de abril de 2016 16:16

Historicamente o Dia do Trabalho é comemorado em 1º de maio em vários países do mundo. Esta data está ligada aos fatos ocorridos no ano de 1886 na cidade de Chicago – Estados Unidos. Neste dia, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, dentre elas: redução da jornada de trabalho, de treze para oito horas diárias. Paralelamente, ocorreu uma grande greve geral dos trabalhadores no País.

Os dias seguintes ao 1º de maio daquele ano foram marcados por muitos conflitos envolvendo policiais e trabalhadores. Nestes embates morreram representantes de ambos os lados. Foram dias marcantes na história da luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho.

Em decorrência destes atos, a Segunda Internacional Socialista, uma organização dos partidos socialistas e trabalhistas criada principalmente por iniciativa de Friedrich Engels, na capital francesa em 20 de junho de 1889, instituiu então o Dia Mundial do Trabalho, para homenagear os trabalhadores que morreram nos conflitos.

No Brasil, existem relatos de que a data é comemorada desde o ano de 1895. Porém, foi somente em setembro de 1925 que esta data se tornou oficial, após a criação de um decreto do presidente Artur Bernardes. De lá para cá, no Brasil, podemos destacar como fatos importantes relacionados à data: em 1940, o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo e, em 1941, foi criada a Justiça do Trabalho, destinada a resolver questões judiciais relacionadas, especificamente, às relações de trabalho e aos direitos dos trabalhadores.

Muitas já foram as mudanças ocorridas no mundo do trabalho que afetaram diretamente a vida do trabalhador. Critérios como escolaridade, formação profissional, questões atitudinais e comportamentais, novos horários e escalas de serviço, serviços temporários, trabalho autônomo, prestações de serviços, cada vez mais, tornaram-se presentes.

Observando a atualidade, desde 2015, temos assistido a uma série de percalços no mundo do trabalho, em que trabalhadores estão sendo desligados e os postos de trabalho estão passando por reduções. No contraponto deste cenário, no entanto, em 2016 estamos conseguindo identificar ocupações que, apesar da crise, continuam a se manter firmes no mercado de trabalho.

De acordo com pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) intitulada “Na contramão da crise”, foram identificadas profissões que cresceram mesmo em meio à atual crise econômica. O estudo mapeou mais de 600 ocupações e os destaques foram para atividades ligadas à agropecuária e aos serviços pessoais.

Algumas das profissões com maior geração de vagas a partir da recessão foram: trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações, operadores de telemarketing, recepcionistas, técnicos auxiliares de enfermagem, trabalhadores auxiliares nos serviços de alimentação, garçons, barmen, copeiros e sommeliers, trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias, caixas e bilheteiros, cuidadores de crianças, jovens, adultos e idosos, dentre outras. Observando as características dessas profissões, percebemos que elas têm em comum o fato de serem voltadas ao setor de serviços. Isto coloca o setor terciário em destaque entre as profissões com maior empregabilidade.

No contrafluxo da crise, fica clara a necessidade do trabalhador se (re)posicionar diante deste novo cenário. Se perceber como profissional de uma categoria no mercado de trabalho é a primeira delas. Enfim, escolher e se qualificar para uma profissão é o primeiro passo. Paralelamente, vem a questão da escolaridade, pré-requisito do qual as empresas não estão abrindo mão. Isto tudo acompanhado de cuidados com o marketing pessoal: boa apresentação pessoal, boa comunicação e fluência verbal.

Este é o momento em que o trabalhador brasileiro mais precisará investir em educação: tanto básica (escolaridade) quanto profissional (cursos profissionalizantes), pois, com o enxugamento no volume de vagas, as empresas estão ainda mais seletivas e exigentes. Neste momento, ter atitude positiva perante os desafios e agir estrategicamente fazem toda diferença.

Com a chegada do segundo trimestre, renovam-se as esperanças de um contexto de mercado de trabalho mais favorável. A partir de maio, surgem datas comemorativas que sempre puxam o comércio para maiores movimentações de vendas a exemplo do dia das mães dia dos namorados e dia dos pais. Nesta perspectiva, boas oportunidades podem surgir para trabalhos fixos e temporários.

Contudo, há a necessidade de se repensar certas posturas no ato da negociação da contratação. Flexibilidade para trabalhar em turnos não convencionais, como noite, horários de shopping, em escalas ou turnos alternados; bem como aceitar prestar serviços ao invés de ser contratado ou de se vincular a trabalhos temporários e estágios. Muitas vezes, a soma de benefícios, como vale alimentação, planos de saúde, odontológico, auxilio educação, traz retornos muito além do esperado. Para isso, atitude de escuta é fator determinante. Fique atento, as vagas de empregos continuam!

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